Carros Híbridos e o Pró Álcool:
Uma grande oportunidade para ajudar a despoluir nossas
cidades e criar um marcado confiável para o Pró Álcool.
A indústria automobilística está cada vez mais preocupada
com o futuro do seu negócio, pois petróleo é finito. Assim, empresas como a
Toyota, GM e outras tem desenvolvido novas tecnologias que vão desde carros
elétricos (EV) até carros com células combustíveis (FCV). O problema central
nas novas tecnologias é a origem com “combustível” que fornecerá a energia para
o veículo. No Brasil carros elétricos seriam considerados praticamente “limpos”
pois em situações normais, 80% da eletricidade no país vem de hidroelétricas consideradas
totalmente renováveis e limpas. O problema seria quando as termoelétricas são
ligadas e que esta energia elétrica deveria ser usada para a indústria,
comércio e serviços. Os carros com células de combustíveis, usam hidrogênio
como combustível e a hidrólise da água requer grandes quantidades de energia e
uma rede de postos de abastecimentos. Além disso, a errônea percepção dos
proprietários, de carros movidos a hidrogênio são mais perigosos que a
gasolina/álcool.
A indústria do álcool no Brasil está sempre
reclamando do preço de venda do combustível pela sua irremediável conectividade
ao preço da gasolina e a política energética do Governo. Todos sabemos que o
preço do álcool não pode ser mais que 70% do preço da gasolina para valer a
pena, que hoje ficaria em volta de R$ 2,10/L. Como nos postos o preço por litro
do álcool anda por volta de R$2,40/L, a venda anda praticamente parada,
prejudicando principalmente a indústria e postos que são obrigados a manter
estoque que tem baixa venda.
Os carros híbridos usam um pequeno motor de combustão
interna para gerar energia elétrica e baterias para armazenar a energia gerada
pelas freadas e pelo motor de combustão. Estes carros tem uma eficiência energética
muito alta podendo no caso de carros compactos (como o Prius da Toyota na foto)
chegar a fazer até 23,55 Km/L de combustível. No Brasil, o Fit Flex da Honda é
capaz de fazer até 14,14 Km/L com gasolina (CVT). A diferença é de 66,5% a mais
por quilometro rodado! Esta grande
diferença em eficiência é de fundamental importância para uma mudança na
política nacional de energia voltada a sustentabilidade e ao transporte.
Carros
movidos a álcool no Brasil podem ser considerados praticamente limpos (para serem
totalmente, a indústria do álcool precisa acabar com as queimadas) e sustentáveis.
Caso o governo desse incentivo para que carros FLEX híbridos fossem produzidos
no Brasil e devido ao perfil do consumidor destes carros serem ecologicamente preocupados.
Poderíamos assim viabilizar um aumento do preço por litro do álcool que
ajudaria a viabilizar a indústria do álcool no Brasil sem necessidade de
incentivos e mesmo assim ter carros muito mais econômicos que os FLEX rodando
com gasolina ou álcool. Um carro híbrido compacto rodando com álcool faria uma
média de 16,5 Km/L sendo por tanto possível ter um preço por litro de até
R$2,80/L de álcool (16,5% a mais) e ainda ter um carro tão eficiente como um
carro a gasolina. A diminuição da poluição nas grandes cidades, a melhoria da
qualidade de vida e diminuição dos custos na saúde pública e privada seriam
ainda ganhos suplementares.
Além desta grande vantagem, estaríamos mais uma
vez liderando uma mudança numa indústria importante para o GNP e exportações. Que
os experts da área peguem esta ideia e a façam acontecer!